Condenados à pobreza?

É consensual que o país precisa de reformas. O problema surge quando descemos ao concreto. Na Dia D (28.01.2007) escrevia que vivemos 'na exigência de ajuda exterior nascida dum esforço colectivo no qual ninguém quer participar'. O que se passou hoje em Valença, e que se replica sempre que o governo toma uma medida em que se promove a mais insignificante mudança, faz-me pensar se algum dia conseguiremos cultivar um verdadeiro espírito reformista. Para poder aumentar a qualidade na prestação de cuidados de saúde sem fazer crescer a despesa é necessário eliminar os focos de desperdício: e uma urgência que atende, em média, quatro doentes por noite (muitos destes, casos não urgentes), não é sustentável, sobretudo num quadro em que a circulação rodoviária se faz com grande qualidade (o que não acontecia há meia dúzia de anos). Infelizmente, acho que estamos condenados à pobreza, e que ainda vamos recordar Manuel Pinho como um visionário que na China soube antecipar aquilo que nos estava reservado... Rodrigo Adão da Fonseca

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