As time goes by...

Casablanca (1942)
"As Time Goes By" music and words by Herman Hupfeld This day and age we're living in Gives cause for apprehension With speed and new invention And things like fourth dimension (...) And no matter what the progress Or what may yet be proved The simple facts of life are such They cannot be removed (...) It's still the same old story A fight for love and glory A case of do or die
No dia 15 de Novembro deste ano, o Pulo do Lobo publicou a minha Declaração de Voto nestas presidenciais. Aí apresentei as duas razões essenciais pelas quais entendi, desde o início da pré-campanha, penhorar o meu voto e confiá-lo a Cavaco Silva. O debate de ontem veio reforçar este penhor; Cavaco soube resistir a um Mário Soares que, como bem explica o Luciano Amaral, lembra "aquelas estrelas cuja beleza e talento garantiam o sucesso na juventude, mas que não se apercebem da passagem do tempo e persistem em fazer os mesmos números. Onde outrora se criava um efeito de estalo, agora resta uma imagem deprimente, de quem tenta o mesmo resultado e não percebe porque não acontece. Claro que há uma certa grandeza neste desespero, mas não deixa de ser deprimente". Como defendi na minha Declaração de Voto, "Portugal precisa de um Presidente que seja capaz de acompanhar o novo ritmo dos tempos, que compreenda a globalização, os desafios e as oportunidades que ela representa. Portugal não precisa de um Presidente da República que esteja alienado da realidade, agarrado a velhos sonhos e a utopias ultrapassadas, tentando fazer renascer das cinzas a sua particular visão do mundo". Defendi ainda que se "Mário Soares não tem o defeito da idade" porque "a juventude pode viver-se até à morte", e se "Mário Soares está cheio de vida", uma coisa é certa: "quer viver de novo tempos passados, quando se sabe que o tempo não volta atrás". Mário Soares mostrou porque têm razão os que, como eu, defendem que o político está ultrapassado, que perdeu o seu tempo: Mário Soares é hoje uma imagem distorcida de si próprio, uma figura desfocada do homem que galvanizou os portugueses; o que esta campanha demonstra à saciedade é que o que move já não é a Presidência da República, mas uma vontade mórbida de dificultar e tornar azeda a vitória cada vez mais óbvia de Cavaco Silva. Soares já se convenceu que o seu arqui-rival vai ser o próximo Presidente da República; se depender de Soares, sê-lo-á, mas sem "batatinhas". Rodrigo Adão da Fonseca

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