Por um downsizing da decisão política

Caro Miguel,
Não sei se defenderia a eleição de ministros, o meu ponto não é propriamente o quem. Agora, vejo com bons olhos um certo downsizing da decisão política; assim, e seguindo os teus exemplos, acho que seria interessante que as várias comunidades pudessem escolher os boards das escolas, e estes fossem responsáveis perante elas; e porque não ouvir os cidadãos com mais frequência aquando da tomada de decisões estruturais locais? Tal poderia e deveria ter sido feito, no caso do Porto, aquando da construção (ou não) da Casa da Música; a própria localização poderia ter sido objecto de escrutínio. A decisão sobre a OTA e o TGV, por serem obras de grande importância, e que oneram várias legislaturas, deveriam também ser submetidas a uma apreciação autónoma.
Quem sabe se no futuro, um sistema individual de voto electrónico, simplificado, com uma menor exigência de meios face àquilo que são os processos eleitorais actuais, não permitirá eliminar as barreiras que impedem que os cidadãos possam exprimir a sua vontade em relação às questões mais relevantes?
Não seria positivo não ter de decidir tudo num só voto, dando de uma só vez todo o poder a um só governo? Não seria um aumento da exigência face ao político e um motivo de qualificação da própria decisão?
Rodrigo Adão da Fonseca

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