Alteração da «linha editorial» do Blue Lounge

A minha «entidade paternal», depois de ter visto o editorial de JMF no Público, andou a ler com mais atenção o que por aqui tenho escrito recentemente. O seu comentário foi demolidor: «Está engraçado, mas não desenvolves». Ainda argumentei que isto aqui não passa de um blogue, mas tenho de concordar que com as eleições presidenciais o Blue Lounge assumiu uma versão «light». Estive a pensar, e decidi reabilitar o Blue Lounge, recolocando-o num registo híbrido: recuperando a linha inicial, mas mantendo em alguns postes a abordagem «light» que torna este blogue menos denso e mais «visitável». Para começar, vou reciclar alguns dos textos que fui publicando no Blasfémias e que à época se perderam na sobreposição rápida de outros postes (a dinâmica do Blasfémias neste plano é implacável); vou assim desenvolver alguns tópicos que fazem parte daquilo que considero ser a atitude liberal no contexto, quer da Escola Austríaca (no caso Mises e Hayek), quer de alguns dos seus seguidores, sobretudo do liberalismo progressista de base económica de Kirzner. Textos que têm renovado interesse pelo facto da questão sobre a essência dos Liberalismos, passados os períodos eleitorais, estar novamente na ordem do dia. Irei ainda, dentro das limitações «temporais» que no actual contexto atravesso, publicar alguns postes novos («não reciclados»). Irei defender, sobretudo, um liberalismo para lá da esquerda e da direita (não confundir com as terceiras vias de Anthony Giddens), algo afastado dos liberalismos de base conservadora (que se acomodam nos conceitos clássicos do Estado e de uma certa ideia de Justiça Social, embora com respeito pela liberdade económica e pelo mercado). As palavras-chave serão Justiça e Lei, Ordem Espontânea, Risco, Mudança, Limitação da Razão Humana. Espero que esta iniciativa não prejudique as boas cotações que nos últimos quinze dias o Blue Lounge teve no sitemeter... Rodrigo Adão da Fonseca

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