Sobre os quasi-trolls de JPP

Para mim, o JPP caiu apenas no erro de generalizar e tentar tipificar/uniformizar os dinamizadores das caixas de comentários. As suas críticas são pertinentes, mas não são extensíveis a todos os que comentam na blogosfera. Por exemplo, no artigo do Público JPP refere-se ao "Atento", que eu conheço - digamos - da "vida não virtual", e que está longe de ser um desses quasi-trolls oriundos de um "mundo perverso, ácido, infeliz, ressentido", uma espécie de cow-boy virtual à solta neste novo "Faroeste". Fartei-me de o gozar nestes dias, e acho que ele - agora sim - está prestes a tornar-se num perigoso sabotador! Pai zeloso de dois filhos, administrador de empresas e excelente advogado, o "Atento" é englobado num perfil que - a serem verdadeiras as críticas de JPP - terá de dar lugar em breve a uma consulta para avaliação da sua esquizofrenia. Mas uma coisa é certa: o ambiente na blogosfera não é "ameno", sendo necessário um certo "fígado". A facilidade com que se insulta, a expectativa que esses impropérios possam difundir-se numa razoável escala, e o conforto do anonimato - que permite que só fique prejudicado o alvo, e nunca o "pistoleiro" - conduzem a esta acidez e a este habitat algo cru e selvagem. Da minha parte, mantenho as minhas caixas de comentários abertas; elas não são sequer muito vividas, pois o Blue Lounge ainda funciona como blogue de passagem. Infelizmente, e apesar da sua reduzida importância, nelas parasitam alguns desses "seres" que JPP tão bem descreveu. Mas "eles" estavam já por aí: as caixas de comentários apenas permitiram que dessem à costa, mostrando-nos nesse espaço aberto a todos as suas urticárias, destilando a sua mesquinhez, mostrando as suas irrelevâncias. Nada, contudo, que tenha especial importância, face aos benefícios e ao estímulo que nos traz um blogue, escrito à luz do dia, assinado com o nosso próprio nome. Rodrigo Adão da Fonseca

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