Manuel Monteiro, o D. Sebastião da direita portuguesa?

Gregory Crewdson, untilted, 2003
Ao contrário do Paulo Gorjão, não me parece que ter-se desbloqueado o comício do PND deva dar lugar à demissão de um ministro. Nem o PND merece tanto, nem uma licença anacrónica - qualquer dia para escrever nos blogues precisamos de pedir licença - deveria poder impedir a realização de um acto que é, acima de tudo, uma manifestação de cidadania. Quanto muito, poder-se-ia equacionar o pagamento de uma coima. Mas nunca conduzir ao cancelamento do comício.
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Até porque o gabinete do Ministro prestou um serviço à Nação. Ficamos a saber que a travessia no deserto de pouco serviu a Manuel Monteiro, que persiste em não ser capaz de apresentar uma ideia que seja. Pensava eu que quase dois anos de silêncio poderiam dar os seus frutos. Mas não. Manuel Monteiro fala de "democracia", de "liberdade", que é do "povo "e não das "tias", insinua não percebi bem o quê a propósito de Marcelo Caetano, endereça umas farpas ao CDS-PP (que quando está a negociar o "orçamento de Estado é de esquerda"). Mas que direita Manuel Monteiro defende e pretende protagonizar, quanto a isso, nada. A sensação que fica é que Monteiro quis antecipar-se a Paulo Portas no papel de D. Sebastião da direita portuguesa. Rodrigo Adão da Fonseca Já agora, caro AAA, a nossa rentrée, agendada para o fim-de-semana, precisa de licença da polícia marítima? Será que vale a pena ter o contacto do adjunto do António Costa? Quem é que liga ao Manuel Monteiro a pedir o número?

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