Sexta-feira, a Revista Dia D

Heike Baranowsky, Out of the Blue
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Publica um texto que escrevi a que chamei "Regresso ao Individualismo".
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Onde se procura dissecar as confusões semânticas associadas a certas expressões, por intoxicação ideológica. O discurso socializante, ainda manietado pelos quadros marxistas, insiste em dividir o mundo em dois planos, delimitando moralmente a acção daqueles que se posicionam num pretenso lado oposto à sua barricada; estamos a falar de uma retórica simplista, que coloca todas as ideias sob tensão, e que esvazia certas expressões, para as transfigurar: O que é a liberdade, hoje? Será que esta se traduz no exercício não condicionado, pelo indivíduo, dos seus direitos? Ou estão eles (direitos) já fora dele (individuo), pois só para lá do cidadão se concretiza a superação das suas necessidades? Qual a relação entre riqueza e redistribuição? Qual o papel da pessoa no nosso modelo social? E do Estado? A nossa Constituição não abstrai do indivíduo, para o colocar ao serviço de um projecto colectivo?
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Apresenta-se, ainda, uma curta explicação daquilo que é o conteúdo actual do novo individualismo, bem longe da ideia pre-formada pelas correntes socialistas que o desqualificam moralmente (como aliás foi bem visível nas reacções dos desinteressados "eunucos da política" portuguesa, Vital Moreira, André Freire, Joana Amaral Dias e Daniel Oliveira, entre outros, ao Compromisso Portugal).
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O artigo tem uma pequena homenagem aos senhores do A Arte da Fuga, com a inclusão de uma passagem de Ayn Rand e da sua novela "Anthem", que li pela primeira vez nesse blogue.
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O artigo na Dia D parte de um trabalho, mais extenso, que apresentei em Junho, a propósito de um painel sobre Liberalismo e DSI, que também cruzou aquilo que julgo ser uma leitura mais correcta do individualismo liberal, hoje.
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Amanhã não há Blue Lounge. Hoje à noite regresso ao Porto; sigo, no feriado, para a Galiza.
Rodrigo Adão da Fonseca

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