A Fernanda Câncio pode escrever dezenas de linhas ...

... como este texto, aqui, que não vai conseguir contrariar a evidência: a lei da procriação medicamente assistida protege mais os embriões não implantados que os que estejam na barriga da mãe, caso vingue o "Sim" no referendo. Discorde da lei; defenda que os pais deveriam poder solicitar a destruição dos embriões, se for essa a sua vontade: até há paises da UE onde tal é permitido. Agora, não escreva isto, ou então, isto:
ou seja, a lei da pma permite que haja embriões 'descartados' e destruídos, não lhes reconhece o famoso "direito à vida"
quando a lei da pma - que visa precisamente promover a vida - retira à vontade dos pais a possibilidade de destruição dos embriões e protege até ao limite a sua viabilidade e utilização. Lendo este post, fica-se com a sensação que a Fernanda Câncio não percebeu o texto da lei 32/2006, nem o alcance da pergunta que vai ser referendada. Fernanda Câncio parece que estacionou na discussão dos anos 80; o que se vai votar no dia 11 já não é o direito absoluto à vida - que a actual lei já nem sequer consagra - mas apenas se estamos dispostos a que a mãe, sem ter de alegar nenhuma razão ou motivo que o justifique, possa decidir interromper a gravidez até às dez semanas. Rodrigo Adão da Fonseca

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