Pensar os jornais (III)

Caro Paulo Gorjão: Se entendermos 'jornais generalistas', como uma espécie de 'catch all', superficiais e nivelados 'por baixo', então tenho dúvidas que publicações como o DN ou o Público sobrevivam. Agora, qualquer um deles pode ser transversal, tratar diversas matérias.
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Ainda assim, é fundamental que as redacções fujam da tentação de se colocar à disposição do objecto da noticia (poder politico e económico) e procurem focar-se no destinatário da noticia.
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Por outro lado, não recomendaria que houvessem secções de 'primeira' e outras de 'segunda'. Seria bom fomentar um maior balanceamento das diversas áreas de interesse. Para mim, um bom exemplo deste equilibrio é o Washington Post, que disponibiliza, num só, 'news, opinion, sports, arts and living and entertainment', de uma forma segregada e com paridade entre as diversas secções; tem ainda videos e blogging autónomo; pode não se ligar nada à política ou ao desporto, e ainda assim ficar satisfeito com o que o WP oferece. Em Portugal, isso ainda não acontece. Somos cilindrados com política - ainda por cima a pequena politica - e futebol - infelizmente, mais conversa do que o espectáculo em si. Rodrigo Adão da Fonseca

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