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No blogue 5 dias, 'A semelhança é coincidência', de Joana Amaral Dias. Embora discorde de algumas passagens, o texto é muito interessante. A produção televisiva destinada ao 'prime time' tem contribuido de uma forma decisiva para a desqualificação dos cidadãos, transformados lentamente numa massa amorfa 'atolada na corrida ao significante'. Num tempo cada vez mais exigente, paradoxalmente sobrevivem os programas televisivos que apontam para a 'celebração da banalidade', para o culto do nada, do vazio, do non sense, da superficialidade, em suma, para uma 'sacralização' do tédio e da mediocridade. Patrocinam-se alienações com um efeito sedativo, verdadeiros ópios que destroem o espírito crítico necessário para exercer uma cidadania efectiva. A tal 'democracia radical' no sentido que lhe é dado no texto de JAD, acaba por ser fonte das maiores desigualdades, na medida em que fortalece o 'homem sem qualidade'. Uma sociedade, para vencer no mundo agreste em que vivemos, precisa de cidadãos que sejam capazes de se gerir a si próprios: o individualismo, neste plano, impõe-se, para lá das concepções que possamos ter sobre o modo de organizar as nossas comunidades politicas. Este é, no século XXI, o campo de eleição do 'homem liberal', se é que se podem corporizar os valores difusos do liberalismo. Rodrigo Adão da Fonseca

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