Quase que juro que ouvi um galo a cantar!

Francisco Louçã ontem na SIC-N demarcou-se das brincadeiras do Grupo Verde Eufémia, para depois durante meia hora deduzir argumentos que subtilmente justificam a vandalização do campo de milho. O mesmo tem ocorrido em diversos blogues associados à esquerda, onde se censura a acção, mas sem prescindir da mocada na ferradura: que é fundamental separar o essencial do acessório, que a luta contra os transgénicos é muito válida, que a propriedade privada não é sagrada, que a desobediência civil é um princípio nobre, que agora quero ver quem se indigna contra o financiamento dos partidos, que seria aceitável se o campo fosse da Monsanto (seja lá quem for) ou de um latifundiário qualquer, que isso do eco-terrorismo é coisa nunca ouvida, misturando alhos com bugalhos, virando o bico ao prego, levando a água até ao moinho, etecetera e tal. Concordo com o Eduardo Pitta: a intervenção do Mário Crespo em ambas as entrevistas foi de grande categoria. Houve uma altura em que Louçã me fez lembrar S. Pedro, quando afirmou, de uma forma a meu ver pouco convincente, não conhecer Gualter Baptista, a única face visível dos eufémios, ao que parece convidado por mail para as funções de porta-voz, e que pelo andar da carruagem vai ter dificuldade em encontrar quem nos próximos tempos o acompanhe ao balcão na hora da lesboeta bica... Rodrigo Adão da Fonseca

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