O Legado de Milton Friedman – Os anos 80, Friedman, economista pop

Friedman, no anos 80, dedicou-se à promoção das suas ideias, muito para lá da Academia e da Universidade. Tornou-se num economista pop, num livre pensador, fez televisão, agiu politicamente, escreveu best sellers.

Na sua obra, “Free to Choose”, encontramos uma das ideias-chave para perceber a nossa forma de ver a política, hoje em dia tão difundida, a da “liberdade de escolha”. Aí, Friedman fala-nos daquilo que é a mobilidade social, de como todos deveríamos ser criados iguais, no valor da escola livre, na força da sociedade civil, do cidadão-consumidor, do cidadão-trabalhador, dos perigos da inflação, e da receita para nos mantermos livres: sermos indivíduos autónomos, vigilantes contra a concentração de poderes, e promotores de todas as formas de cooperação voluntária.

Estas mensagens, que tantas vezes nos são apresentadas, hoje, como pioneiras e inovadoras, tiveram o seu momentum, há 30 anos, e funcionaram como antevisão para o grande acontecimento do século XX, a Queda do Muro e dos regimes comunistas. A sua actualidade faz-nos pensar se, de facto, o Mundo não continua aos círculos, a gravitar, mesmo no campo das ideias, sobre o seu próprio eixo de gravidade.

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